segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Blog está de Férias!

O Miscelânea está de férias, por tempo indeterminado, mas já estou preparando novas atualizações. Fique de olho!

Um abraço,

Anne

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jeneve, pirulito de tabuleiro, roleto de cana, maçã do amor, quebra-queixo, sorvete de casquinha, ideal e raspadinha. Você se lembra?

Este mês resolvi compartilhar as minhas memórias. As memórias relacionadas às cores, cheiros e sabores da minha infância. A primeira que lembrei rapidamente foi do cor-de-rosa do refrigerante Jeneve, ou melhor, “Cola Jeneve”. Alguém aí lembra? Pois é, o Jeneve era o primo pobre do refrigerante Jesus. A garrafinha cheia de pingos em alto relevo era o cheiro da merenda e do meu recreio na escola. Imbatível perante os concorrentes. Quando tinha bastante dinheiro merendava Jeneve com misto quente, mas se a grana estava curta, o refrigerante vinha acompanhado de um pastel árabe (não entendia e achava o nome tão engraçado na época!).

O Jeneve se foi e o “Cola Jesus” reina em terras maranhenses e de forma absoluta em São Luís. É um ícone da nossa cultura e para nossas crianças. A garrafinha retrô e o cor-de-rosa bem acentuado ainda é um marco de tempos antigos. Para os turistas, uma incógnita, assim como causa estranheza a muitos, o sabor exageradamente doce da mistura de cravo e canela. A nacionalização do nosso Jesus, fato bem recente em nossas vidas, é mais uma tentativa de termos o Maranhão protagonizando algumas passagens do dia a dia dos brasileiros. Coisas para o futuro!

Também lembrei dos pregoeiros com suas tábuas de pirulito ou pirulitos de tabuleiro. Basta fechar os olhos e lá vem o vendedor gritando seus pregões e nós, crianças, correndo ao seu encontro para abocanhar um “conezinho” com o papel grudado. Acho que o que nos fazia chupar aqueles pirulitos, além do sabor, era o desafio de arrancar o papel manteiga até achar o docinho do açúcar, isso quando o desafio não se transformava em tirar o restinho do pirulito dos dentes. Ninguém escapava dessa!

Outro que teimava em grudar em nossos dentes era o quebra-queixo, outra delícia esquecida em nosso cotidiano... Como sinto saudade dessas iguarias! Ir à Rua Grande e não comer quebra-queixo era como sentar numa lanchonete e não tomar Jeneve ou Jesus. Os vendedores já deixavam as porções e os papeizinhos cortados. Era só chegar, pagar com uma moeda e sair comendo aquele doce de coco com açúcar caramelizado. Hoje, só lembro de um senhor na Praia Grande (beco Catarina Mina) que insiste em vender e perpetuar parte de nossa história. Salve, salve.

Ainda nesse passeio pela minha infância, ressalto a raspadinha, o roleto de cana, a maçã do amor, o sorvete de casquinha, a pamonha e o ideal. Desses ninguém lembrava!

A raspadinha era o que tínhamos de mais refrescante: gelo raspado com uma maquininha manual e suco doce super concentrado. Os meus preferidos sempre foram de côco e de tamarindo. Quer saber onde tem?
Na Praia Grande, das 8h às 14h em frente à Casa das Ferragens (outra boa lembrança...). Por R$ 4,00 você se lambuza numa rapadinha de primeira. O Sr. que vende está lá, faça chuva ou faça sol.

A lembrança do roleto de cana vem junto com o São João, que tinha cheiro de bombinha e de maçã do amor. As porções de roleto de cana eram vendidas em pratinhos com os palitinhos feitos da casca da própria cana. Geralmente vinham seis e como eu gostava...

Antes de irmos pro arraiá mamãe avisava logo: - Não vai manchar a roupa nova de maçã do amor, heim!
E lá estava eu, toda cuidadosa para poder comer mais uma e mais uma...

O sorvete de casquinha, bom, esse merece um destaque especial. Primeiro pela casquinha, que não há no mundo nada igual. Você pode ter a sorte de ir nas melhores sorveterias do Brasil e do mundo, mas aquela casquinha, que para nós crianças, era melhor que o sorvete, você não vai encontrar, desista! Era crocante, docinha e comíamos até o final. Eram mal acondicionadas, é verdade, em latas de querosene acopladas às caixas de isopor. Mas quem ligava pra isso? As caixas de isopor por sua vez, eram protegidas por um suporte de madeira, que os vendedores levavam na cabeça, suavizadas por rodilhas de pano. O vendedor de sorvete de casquinha era uma figura importante para nós, era com ele que estava a melhor sobremesa da época. Lembro muito do sorvete de côco e de maracujá.

Bola de sorvete? Jamais! O sorvete era posto em colheradas e como o dia ficava bom depois daquelas lambidas... Ainda é possível encontrar pelo Centro Histórico...

Por fim, acordava para ir à escola com os gritos do vendedor de Ideal em nossa porta: “ideal, ideal, ideal”.

Às 16h ele voltava e nos lembrava que já era hora de “banhar” e terminar com a brincadeira na rua. Ideal é um cuscuz pequeno e redondinho. Que troço gostoso aquele, meu Deus! De milho e de arroz, também faz parte da minha memória, já que atualmente pouco se fala e pouco se come.

A fábrica ainda existe no João Paulo. Era tão presente na vida dos ludovicenses, que o nome da fábrica se transformou no nome da iguaria. Com um cafezinho, heim?

Com cafezinho também brilhava a pamonha, que tinha no seu pregão “pamóóónha, pamóóónha” a maior lembrança da minha geração. Delícia pura.

Nas férias na casa da minha avó e em tempos de milho, todo domingo tinha pamonha, pois era uma iguaria difícil de fazer. Levava-se muito tempo e nem todo mundo tinha o dom de saber enrolar nas folhas de bananeira... Vovó sabia!

Tempos bons aqueles...

Para relembrar:Merenda = lanche
Banhar = tomar banho
Pregoeiro = vendedor de rua que anunciava seus produtos gritando frases de efeito, geralmente com rimas. Raríssimo hoje no cotidiano da cidade e patrimônio imaterial da cidade.
Arraiá = arraial

Texto: Beatrice Borges - do Blog Ócio, Viagens e Gastronomia.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

SUSTENTABILIDADE: Projeto europeu transforma lixo reciclável em hotéis


Em 2008, na Europa, começou um projeto intitulado Save The Beach. Uma vez por ano é escolhida uma praia do continente, e a partir do recolhimento de lixo, desenvolve-se a construção de um hotel reciclável.

No site da marca de cervejas Corona, uma das apoiadoras do projeto, os internautas podem escolher a próxima praia beneficiada e opinar sobre a causa.

O mentor do projeto, que parte agora para a Sicília, é o artista alemão H.A. Schult, que sempre usou lixo como material de trabalho e já desenvolveu hotéis em Roma e Madrid.

O acabamento e a estrutura são bem diferentes do modelo convencional de construção e do padrão de hotelaria: além de não haver tijolo e cimento, nos quartos propositalmente não há banheiro, chuveiro e portas, com a intenção de fazer o hóspede refletir sobre o meio ambiente.

Festa do Divino sob análise


O auditório do Museu Histórico e Artístico do Maranhão - MHAM (Centro) sediará amanhã, às17h30, a palestra “Viagens do Divino”, evento que tem como foco as Festas do Divino, desde Portugal e os Açores, onde foram originadas, até hoje, quando também são realizadas no Brasil, nos Estados Unidos e Canadá.

O palestrante será o professor e antropólogo João Leal, da Universidade de Nova Lisboa, em Portugal, que é doutor em Antropologia e especialista em Festa do Divino. O evento é organizado pela Comissão Maranhense de Folclore, com apoio do Museu Histórico e Artístico do Maranhão.

Durante a palestra, serão destacadas a continuidade e as transformações decorrentes das deslocações da festa ao longo do espaço e do tempo. “O nome da festa é o mesmo, mas o ritual é diferente”, diz o antropólogo.

Atualmente, João Leal pesquisa sobre as festas do Divino em São Luís, na Casa das Minas e no Terreiro de Dona Elzita, no bairro Coheb-Sacavém, que realiza o evento no mês de julho, em homenagem à Senhora Santana.

Rota - Segundo o professor, a pesquisa foi iniciada em Portugal e se estendeu aos Estados Unidos e Canadá, onde a festa é realizada por imigrantes açoreanos. “Tudo começou em 1980, dei uma pausa e depois os trabalhos foram retomados em 2002. Pesquisei também em Santa Catarina. A ideia é mostrar as ‘viagens’ da festa no espaço”, diz o antropólogo.

Ele pretende começar a escrever um livro sobre o assunto em fevereiro do próximo ano e a obra deverá ser publicada em 2013.

com informações do Jornal O Estado do MA

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ecologia direto da internet

Criatividade e boas ideias a favor do planeta
Que tal aproveitar a rede para preservar o meio ambiente, reciclar o lixo e reaproveitar vários materiais? Com apenas um clic e sem pagar nada, você pode ajudar o planeta e ser mais ecológico.

Por exemplo, no endereço http://www.akatu.com.br/ você confere dicas para evitar o desperdício de água e energia, além de orientações sobre como manipular os alimentos e separar corretamente o lixo para reciclagem.

E se você não sabe para onde enviar o material separado em casa, a resposta para isso também está ao alcance dos seus dedos: basta passar no site http://www.recicloteca.org.br/. Lá, é possível descobrir quais cooperativas, sucateiros e empresas da sua região recebem os recicláveis. Em São Luís, uma das entidades que reaproveitam estes materiais é a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis – ASCAMAR, que atua na coleta de garrafas PET, jornais, papelão, plásticos e revistas. Parte desse material, principalmente papel e garrafas PET, é reciclado nas próprias instalações da ASCAMAR (mais informações pelos fones 8857-7901 e 8867-2429).

Inclusive, sabia que dá pra fazer cadeiras e sofás com garrafa PET ou luminárias reaproveitando materiais domésticos? Um lugar que você pode conferir tudo isso, é no http://www.ecoblogs.com.br/, que traz várias idéias diferentes de artesanato com materiais recicláveis. E, ainda, no http://www.artereciclada.com.br/, é possível aprender, passo-a-passo, a fazer artesanato com sucata. Na página, tem de tudo: porta retrato e árvore de Natal com folhas de revista, croché de sacolas plásticas, vassoura e cortina de garrafa PET, luminária de latinha, pandeiro com tampinhas de garrafa e retalhos de pano, entre outros.

Outra dica, para você se manter atualizado sobre as questões ambientais, é no site http://www.planetasustentavel/.
com.br, que disponibiliza coletâneas de matérias e artigos verdes publicados por várias revistas brasileiras, textos reflexivos e orientações práticas para o dia-a-dia.

Além disso, quer saber como diminuir o impacto do efeito estufa? Se bateu a curiosidade, então tecla aí rapidinho: http://www.iniciativaverde.org.br/. O site incentiva o plantio de árvores para compensar os gases que emitimos ao andar de ônibus, ao consumir energia elétrica, e etc.

Pela internet, você pode assistir ainda a vídeos ambientais. No http://www.eco1.com.br/, portal semelhante ao YouTube, as pessoas gravam vídeos e colocam lá para que outros possam assisti-los. A única diferença é que ali só entram vídeos sobre Educação Ambiental. O http://www.reporterecologico.com.br/ e http://www.trilhaambiental.com/ também utilizam o vídeo como ferramenta didática, visando sempre a conscientização ambiental. Vale conferir!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

OLHA, QUE PROJETO BACANA: Entidades encerram projeto de saúde sexual para jovens portadores de deficiência visual



A Bemfam - Bem-Estar Familiar no Brasil, organização não-governamental de ação social e sem fins lucrativos que atua na área de planejamento familiar no Brasil, e a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) encerram, nesta terça-feira (21), em São Luís, o projeto de educação sexual voltado a portadores de deficiência visual chamado Que Legal Saber!.

O Seminário de Encerramento Que Legal Saber! acontecerá das 14h00 às 17h30, no auditório do Hotel Premier, na Avenida do Holandeses, nº 03, na Ponta D’Areia.

O projeto, que conta com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), visa contribuir para a informação, capacitação, inclusão social e redução de vulnerabilidades em saúde sexual e reprodutiva de portadores de deficiência visual e de profissionais, familiares e outras pessoas envolvidas diretamente com eles. Outras tantas pessoas são beneficiadas indiretamente por meio de ações, campanhas de informação e consultas a materiais distribuídos em instituições e bibliotecas públicas.

Através do Que Legal Saber!, a tecnologia de acesso à Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR) foi compartilhada com a Escola de Cegos do Maranhão (Escema) e o Centro de Apoio Pedagógico (CAP), ambos em São Luís, contribuindo para a informação em saúde sexual e reprodutiva de 110 portadores de deficiência visual e 25 profissionais envolvidos diretamente com eles.

Outras três mil pessoas, entre pais/responsáveis dos deficientes visuais, profissionais da saúde, assistência social e educação, e população em geral, foram beneficiadas por meio de ações, campanhas de informação e consultas a materiais distribuídos em instituições e bibliotecas públicas.

Capacitações – A princípio, os funcionários do BEMFAM passaram por uma capacitação que viabilizou uma maior sensibilização com a temática do projeto, para, em seguida, serem capacitados dez educadores e dez adolescentes que se tornaram multiplicadores das ações desenvolvidas. O projeto ainda viabilizou um intercâmbio técnico com a ida de duas conselheiras do CMDCA para o Instituto Benjamim Constant, no Rio de Janeiro.

Os materiais utilizados pelo projeto foram os chamados materiais táteis, como a “Família Colchete”, que são bonecos confeccionados de pano que representam uma família com pai, mãe, avós, irmãos, com os respectivos órgãos sexuais. O detalhe é que todos os bonecos possuem colchetes em lugares estratégicos para simular cenas como pegar na mão ou beijar. Um modelo peniano e uma vulva também são usados.

Ao todo, o projeto doou à Escema e ao CAP 350 itens com materiais que incluem cartilhas em braile cuja temática aborda questões de aconselhamento de jovens em relação a DST/AIDS, tuberculose, planejamento familiar e sexualidade reprodutiva, e 80 CDs de livros falados que trabalham com a temática da sexualidade.
A intenção das entidades é continuar o projeto ainda em 2011, agora estendido a todos os tipos de deficiência.

Adolescência* - A sexualidade pode se tornar complexa na adolescência, quando as emoções estão à flor da pele. “Minha infância foi tranqüila, mas a adolescência, não. Apaixonei-me por um rapaz e não fui correspondida. Achava que era pela minha cegueira”, diz a advogada Emmanuelle Alkmin.
Emmanuelle, que nasceu cega, afirma que foi criada para não tocar as pessoas. “Então, tinha que descobrir outra maneira de percebê-las. Analiso a voz, o abraço e o aperto de mão.”

A advogada superou os desencontros da adolescência. “Saio com minhas amigas e paquero como todo mundo. Sou tímida e prefiro ser abordada”, conta. A percepção que tem dos homens é tão nítida que ela sabe distinguir os feios e os bonitos. “Normalmente, minha análise bate com o físico. Nunca fiquei com homem feio”, brinca.

Cego desde os oito anos, o historiador Benedito Franco Leal Filho também passou por uma fase difícil na adolescência, apesar de ainda manter conceitos de beleza na memória, adquiridos quando ainda enxergava.
“Eu me aproximava das meninas e analisava o timbre de voz, o toque e a pele. Aí vinham meus colegas e diziam que ela era bonita e outros diziam que era feia. Eu ficava confuso”, lembra.

Diante de informações antagônicas e baseadas nos gostos dos amigos, Leal Filho passou a levar em conta apenas as suas impressões. Para distinguir uma mulher atraente, começou a prestar atenção no que lhe agradava quando estava perto de uma. “A mulher com uma voz suave me chama a atenção. Falar alto, por exemplo, me incomoda.” Além da voz, o historiador passou a valorizar afinidades e foi assim que se apaixonou por sua mulher.

“As pessoas acham que cego não tem vida sexual. É um preconceito achar que não alimentamos desejos e fantasias”, finalizou o historiador.

*Os depoimentos foram retirados do livro Sexualidade de Cegos (Editora Átomo), da Maria Alves Bruns, pesquisadora em sexualidade da Universidade de São Paulo.

O projeto – O Que Legal Saber! é um projeto de educação sexual desenvolvido em parceria com Agencia Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA) que abrange jovens portadores de deficiência visual atendidos no Instituto Antônio Pessoa de Queiroz (IAPQ), em Pernambuco, e no Instituto Benjamim Constant (IBC), no Rio de Janeiro.

O Que Legal Saber! contempla a formação de alunos e professores multiplicadores, que promovem acesso à informação sobre o tema por meio da realização de atividades educativas e da disponibilização de materiais em braile, áudio e recursos táteis para o conhecimento do corpo humano. Para tanto, ampliou-se a capacidade técnica de profissionais de ensino e saúde para lidar com a temática.

Os deficientes visuais participantes do projeto passam a ter mais conhecimento sobre sexualidade, saúde e direitos sexuais e reprodutivos, no contexto dos direitos humanos e da cidadania, e são orientados sobre serviços de saúde sexual e reprodutiva amigáveis em uma perspectiva de gênero e qualidade de atenção.

Este projeto foi premiado em 2009 pela Bristol-Myers Squibb e pela Sociedade Brasileira de Infectologia por sua excelência na forma de incentivo à prevenção do HIV/Aids.

Fonte: Agência Matraca - www.matraca.org.br

segunda-feira, 30 de maio de 2011

LAZER E DIVERSÃO: Parque da Vale é uma opção para as famílias durante os fins de semana

Além de uma extensa área verde, o parque oferece uma vasta programação com passeio, danças, ginásticas e até yoga.


Se você é um admirador da natureza e anda sem programação principalmente nos fins de semana, o Parque Botânico da Vale é uma boa opção para um passeio em família. Além proporcionar bem-estar o local oferece também conhecimento educativo a respeito das plantas nativas.

São exatos 100 hectares de pura “beleza verde”. Localizado no Complexo Industrial Portuário de Ponta da Madeira, no Bacanga, o parque também dispõe, ao longo do ano, programações mensais que incluem projetos, piqueniques, palestras, teatro, música, exposições e outros atrativos como passeios em trilhas ecológicas. Em épocas de férias a diversão é garantida para a criançada.

Segundo a supervisora do parque, Marília Diniz, a programação do mês é baseada em um calendário ecológico no qual propõe atividades com diversão e educação. “Transmitir conhecimento para os visitantes é a nossa maior preocupação. Nossos orientadores tem o cuidado de divulgar a história das plantas do nosso estado”, revelou.

Aberto para visitação das 9h às 17h e de terça-feira a domingo, o local, além de contribuir para a proteção do ecossistema florestal de São Luís, abre as portas para alunos de diversas escolas da capital. Nessas ocasiões são trabalhados projetos com os estudantes a fim de contribuir para o conhecimento dos mesmos.

Quem quiser fazer um passeio agradável com a família para conhecer de perto os atrativos do Parque Botânico da Vale pode agendar ou obter mais informações pelo telefone (98) 3218-6245. O passeio é gratuito.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Escolhas X Auto-engano

*Por Paulo Araujo

μηδεν αγαν. Não entendeu a frase ao lado? Em grego, μηδεν αγαν, quer dizer "nada em excesso" que era um dos lemas descritos no templo de Apolo em Delfos na Antiga Grécia. A cidade hoje não existe mais, mas suas ruínas foram declaradas como patrimônio mundial pela UNESCO.

Inteligente é o ser que sabe fazer as escolhas certas para atingir um determinado objetivo. Talento é quem consegue equilibrar suas escolhas com o auto-engano.

A capacidade de auto-enganar-se é tão presente em nossas ações que sem ela nossa vida seria chata, pacata e monótona.

O auto-engano é praticado quando traçamos uma meta impossível de atingir, mesmo com dados e fatos nas mãos, quando acreditamos que as pessoas podem mudar de um dia para outro vícios enraizados no seu cotidiano.

E assim postergamos mudanças que precisam ser feitas, mas que por escolhas erradas e pela prática do auto-engano vamos adiando como se o senhor tempo fosse ajeitar tudo como em um passe de mágica. A mágica não existe, é só ilusão, mas concordamos em um ponto: é fascinante.

Postergamos a demissão daquele funcionário que insiste em não executar as estratégias e táticas definidas na reunião semanal, que não atinge as metas e sempre tem uma linda desculpa para nos dar, por que sinceramente acreditamos que um dia ele irá mudar. Em parar de vender para aquele cliente que só nos dá prejuízos, afinal qual empresa não tem um clientes que dá trabalho demais e lucro de menos? São coisas da vida, talvez um mal necessário.

E assim ao não fazer as escolhas corretas, nos auto-enganamos que logo tudo será diferente e perdemos com isso o timing correto da oportunidade. Oportunidade de mudar o que precisa ser mudado, de partir para outra, de se libertar de velhos paradigmas, de enfrentar o novo, de aprender e fazer o que precisa ser feito.

Mas convenhamos! Fazer as escolhas corretas não é fácil! Sabemos o que fazer, mas nem sempre o como fazer. Largar um emprego de anos, por mais que você esteja estagnado não é tarefa fácil. Terminar um casamento que já não existe mais parece insano se não tentar pelo menos mais uma última vez.

Inteligência, em excesso, nos leva a ser racionais demais e não se aventurar no desconhecido. Imagine se só fizéssemos as escolhas certas? Esse excesso de racionalidade tornaria a vida chata. Inovaríamos pouco, perderíamos o encanto.

Mas o excesso na capacidade de auto-enganar-se nos levar a crer que somos aquilo que não somos. Decidir, fazer as escolhas certas para sua vida e carreira não é fácil. O tempo todo fazemos escolhas, sejam elas em menor ou maior grau de complexidade, e o tempo todo nos deixamos enganar por acreditar na esperança. Sem esperança não há vida.

Como não há remédio que nos faça fazer as escolhas certas o tempo todo, nem para a cura do auto-engano que é essencial para a criação do novo, sugiro que você fique com o conselho descrito no templo de Apolo em Delfos – nada em excesso!

*Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos. Diretor da Clientar – Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de "Paixão por Vender" - Editora EKO, entre outros livros. Site: www.pauloaraujo.com.br. Twitter - @pauloaraujo07

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Buracos sem fim! Até quando vai durar esse caos?


Esta é a triste situação a qual estamos sendo submetidos, ruas e avenidas intrafegáveis. Pergunto-me constantemente onde estão sendo aplicados os nossos impostos, as verbas direcionadas para a infraestrutura? Facilmente encontramos crateras em todos os lugares da nossa capital, o difícil é conseguir um lugar do qual podemos classificar realmente como rua. Até quando vai durar esse caos?

Nesse pequeno vídeo mostra um rapaz tirando seu carro do buraco, localizado no bairro São Cristovão próximo ao banco do Itaú. Um total descaso do poder público!

Terra onde canta o sabiá


Sabe aquela linda frase...Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá...? Pois é! Infelizmente, ante o caos que vivemos hoje em dia, mais valeria dizer: " minha terra tem buracos e lixo onde voam os urubus".

É deprimente testemunharmos o descaso como vem sendo tratada a nossa cidade que às portas de completar 400 anos de existência, se vê vitimida por uma administração pública que insiste em não cumprir seu papel institucional.

A culpa é de S.Pedro, afirmam! É! Nem mesmo o pobre santo escapa do descaso, da incompetência e do vampirismo social que está corroendo a nossa cidade.

Fato é que, a famosa expressão "Deja vu", nunca se fez tão atual em nossa cidade. Será dificil lembrar que já sofremos nas mãos de outros que em outras décadas usaram e abusaram da boa-fé desse nosso povo tão ingênuo? Será, então, concluiríamos, que tem gente aí contando com o tão badalado fim do mundo para o ano que vem, para investir pesado na "destruição antecipada".

Chega! Basta! Povo de São Luís, não nos deixemos ser enganados novamente!! Isso que se vê aí, não é compromisso com a sociedade, não! É Fruto de incompetência e descaso crônicos.

Que venha 2012 e, se Deus quiser e APESAR DO DESGOVERNO ADMINISTRATIVO, sobreviveremos e daremos nossa resposta nas urnas.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Flagrantes da cidade mostra a realidade das paradas de ônibus

Isto não é um banheiro, e sim um parada de onibus que abrigava um antigo box, que inicialmente funcionou um lah house mantida pela Prefeitura de São Luis, que depois virou uma lanchonete, e agora...



Observe bem os pés das pessaos que estão nesta parada de onibus, agora imaginem quando está chovendo....



Além da espera, o desconforto das parades de onibus, no caso desta, pode ser que os pés fiquem bem molhadinhos...

Na semana passada estive falando com um encarregado de obras da prefeitura, que me garantiu que as paradas de onibus vão ser consertadas, inclusive, uma parada nova será construída no Retorno do Calhau, próximo da Caixa D´agua. 

Para que está esperando onibus neste local, sem um abrigo que proteja do sol e das águas da chuva, a notícia da construção de uma parada é excelente.

No local estará sendo colocada uma parada igual a esta.


Fonte: Blog do Ricardo Santos

Uma cidade suja, população doente e um poder público inerte, que a tudo assiste e não faz nada. Até quando?

Não é de hoje que sabemos que o lixo é um dos maiores problemas de São Luís. Está nas ruas históricas, nas praças, nas praias, nas avenidas e até na porta das igrejas. São toneladas de sujeira, que diariamente vem tomando conta da cidade.

As empresas contratadas para fazer a coleta do lixo, até parecem estar desempenhando suas atividades de maneira regular, apesar de toda a sujeira encontrada nas ruas e avenidas da cidade. O desafio mesmo é a falta de estrutura, educação e preocupação dos órgãos competentes, e da própria população, que já se acostumou a colocar o lixo em horários impróprios, ou seja, após o horário regular da coleta, aumentando dessa forma a produção do lixo nos principais pontos de São Luís.

O lixo espalhado, além de causar uma péssima imagem aos turistas que visitam a capital, é um grande proliferador de vetores, como moscas, baratas, ratos, mosquitos, etc., que podem trazer muitas doenças - diarréias infecciosas, parasitoses, amebíase, cólera, leishmaniose, leptospirose, toxoplasmose, e mais outras.

Outro dano que o lixo acumulado pode causar é a infiltração, já que a decomposição da matéria orgânica é considerada um forte poluente, que pode atingir as águas e também o lençol freático que abastece as casas. Pode ainda provocar enchentes urbanas, visto que o lixo lançado nos córregos, pontes e bueiros, servem de substrato para as larvas de mosquitos e impedem o fluxo da água, sendo uma das principais causas das enchentes, cujas conseqüências, além das perdas materiais, são as doenças como a leptospirose, causada pela urina dos ratos. Além disso, quando toneladas de lixo e sujeira estão localizados próximos a aeroportos, podem atrair pássaros diversos, principalmente garças e urubus, capazes de provocar sérios acidentes aéreos, tanto no pouso como na decolagem das aeronaves.

Para reduzir essa montanha de problemas, a solução depende de medidas que incentivem a reciclagem. Mas não se tem o costume, em São Luís, de separar o lixo para a reciclagem. A prova disso é que de 1.300 a 1.400 toneladas por dia de lixo consumido em São Luís, apenas 1% vai para as empresas de reciclagem da cidade. Nunca foi desenvolvida uma campanha de conscientização ou de educação, quanto à reciclagem do lixo, para praticar a coleta seletiva seja ela doméstica, empresarial, ou nas entidades públicas.

O que se houve falar é que a Prefeitura de São Luís e entidades de catadores apostam em investimentos federais de R$ 1,5 bilhão para alavancar projetos de reciclagem e tratamento de lixo. A expectativa é grande, mas enquanto esses novos investimentos para o meio ambiente não chegam o melhor a fazer é conscientizar o cidadão a reciclar o lixo em casa. Esta consciência é fundamental. Os fabricantes também devem ser responsabilizados pelo destino de seus produtos. Quem fabrica tintas e solventes, garrafas plásticas, pilhas, baterias, tem que participar da busca por soluções.

São Luís, quase quatrocentona, necessita de uma política educacional para a população da cidade, cuja solução pode vir, por exemplo, de uma lei municipal que obriga transformar os estudos de preservação do meio ambiente em disciplina escolar. Esse deveria ser o primeiro passo para criar maneiras apropriadas de se cuidar do lixo - a conscientização, as pessoas entenderem que lixo é um problema. Mas é necessário ter muito cuidado nesse processo, visto que muitas das campanhas de conscientização são incoerentes, e se sustentam na mera distribuição de folhetos, brindes e adesivos que desperdiçam recursos e geram mais lixo.

Fonte: Blog Cazombando 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Crime, tratamento sem prisão?

João Baptista Herkenhoff

Coloco um ponto de interrogação no título deste artigo porque a resposta deve ser dada pelo leitor. Eu acreditei nessa possibilidade e assim agi como Juiz de Direito, conforme relato neste texto, mas não obrigo ninguém a concordar comigo. Creio, entretanto, que o depoimento sincero de um magistrado é útil para o debate do tema.

Desde o início de minha carreira de juiz, fui sensível ao drama do preso. No interior, procurei sempre assegurar trabalho aos detentos, respeito a sua integridade física e moral, assistência social à família e ajuda ao condenado, no seu itinerário de volta à vida livre. Nas diversas comarcas percorridas (Espírito Santo), contamos com o apoio de numerosos cidadãos e cidadãs que se entregaram a essa causa com extrema generosidade.

À medida em que exercia a judicatura e reavaliava meu próprio empenho em favor da readaptação do preso, convencia-me cada vez mais da falência da prisão e da modesta valia de todo esforço para salvar essa brutal instituição.

Se, na cidade pequena, um raio de humanidade ainda podia penetrar nas cadeias, na grande cidade a prisão é lugar de onde se proscreveu inteiramente qualquer traço humano. Assim é que reduzir o aprisionamento a casos absolutamente extremos tornou-se para mim uma questão de consciência.

Na prática dessa orientação jurisdicional, entendi que não bastava evitar o cárcere, mas era preciso também, com os limitados recursos disponíveis, fazer do fórum uma escola, da toga, estola, do encontro do réu com o juiz, um encontro de vida.

Já pensando em realizar uma pesquisa científica em cima da própria experiência de juiz criminal, adotei um diário de fórum que foi o primeiro elemento, acrescido depois de outros, para a realização da pesquisa “Crime, tratamento sem prisão”.

Os dados da pesquisa demonstraram que, no grupo dos réus que estiveram presos, a ocorrência de resposta a novo processo correspondeu a uma taxa que é mais do triplo da observada no grupo dos réus que não chegaram, em nenhum momento, a ser encarcerados.

A resposta a novo processo, no conjunto dos duzentos e sete casos que compreenderam todos os indivíduos beneficiados por medidas liberalizantes, apresentou um percentual (15,4%) bastante inferior à reincidência dos egressos de prisões fechadas (67%), conforme estudos realizados no Brasil e no Exterior.

A ocorrência de novo processo, no grupo dos que não estiveram presos, apresentou o baixo percentual de 7,7%, correspondendo a um terço do verificado no grupo dos que tinham sido encarcerados.
Dos cento e vinte sete casos em que determinei que os beneficiados comparecessem perante o Juízo, deu-se o cumprimento da condição em 89,8%. Nesse grupo de pessoas que honraram seu compromisso, o índice de resposta a novo processo foi de 10,5%.

Acusados e réus responderam a novo processo, segundo a própria percepção, como consequência do estigma social causado pelo primeiro processo. Em segundo lugar apareceram os motivos psicológicos ou ligados à deterioração da personalidade.

A não-submissão a novo processo, a partir da percepção dos agentes envolvidos, resultou, preponderantemente, de fatores ligados ao relacionamento, em nível de pessoa, dispensado aos entrevistados pelo juiz, ou pelo advogado. Em segundo lugar apareceram os motivos ligados ao caráter fortuito ou à injustiça do primeiro processo.

Nem tudo que verifiquei pôde ser estatisticamente controlado.

O reencontro com acusados que eu havia julgado, já na condição de juiz aposentado, foi uma experiência do mais alto sentido existencial. Desvestido de autoridade, retomei um caminho, ouvi histórias recontadas, testemunhei gestos profundamente nobres de homens e mulheres que cruzaram minha vida de juiz, como réus.

Esmagados pelo estigma da prisão e mesmo pelo estigma do simples processo criminal, a valorização da auto-imagem é uma constante nos depoimentos que colhi.

Muitos dos entrevistados tiveram prazer de dar notícias pormenorizadas do seu trabalho, vida familiar e vida social.

As dificuldades de reinserção social foram descritas e a marca de ex-detento foi assinalada como perpétua e terrível.

A completa ausência de direitos, dentro da prisão, foi outra queixa permanente.

Um sentimento de profunda gratidão é a nota marcante nos depoimentos, relativamente a qualquer ajuda recebida no período de prisão.

Frequentemente, a avaliação da gravidade dos crimes exclui aquele tipo de delito praticado pela pessoa que avalia.

As maiores reclamações contra a Justiça dizem respeito a sua morosidade e seu caráter de discriminação classista.

A importância do papel do advogado é bastante percebida pelos entrevistados, presos ou não-presos.

A resposta ao processo, tendo havido ou não prisão, é sempre vista como um mal.

Nas entrevistas com ex-presos, a recuperação da liberdade foi sempre percebida como um grande desafogo, uma “saída do Inferno”, na expressão de um dos entrevistados.

Esta pesquisa que fiz foi publicada no livro ”Crime: Tratamento sem Prisão”, presentemente esgotado. A Livraria do Advogado Editora, de Porto Alegre, não vê viabilidade econômica numa reedição da obra, no que provavelmente está certa pois quem sabe destas coisas são os editores, e não os autores. Entretanto, muitas bibliotecas espalhadas pelo Brasil possuem este livro.

João Baptista Herkenhoff é professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha (ES) e escritor. E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br Homepage: www.jbherkenhoff.com.br Autor do livro Dilemas de um juiz – a aventura obrigatória (Editora GZ, Rio de Janeiro).

segunda-feira, 14 de março de 2011

Documentário Ilha das Flores, de Jorge Furtado, está completo no youtube

O documentário Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado, está disponível na íntegra na internet. O curta é um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o vídeo escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.

Para assistir, acesse http://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28.

Blog reúne mais de 200 livros sobre redes sociais, comunicação e web 2.0

O Blog Mídia 8 disponibilizou para download uma lista de 242 livros relacionados à área da comunicação. Os temas vão desde manuais práticos de redação jornalística até teorias da informação. Dentre as publicações estão O que é o virtual, de Pierre Levy; Redes sociais na internet, de Raquel Recuero e Como escrever para a web, de Guillermo Franco.

Confira a lista em http://www.blogmidia8.com/p/biblioteca-virtual.html

Cadernos do Ipea sobre comunicação prontos para baixar

Já estão na internet os três volumes da obra Panorama Brasileiro da Comunicação e das Telecomunicações, produzida por pesquisadores do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da SOCICOM (Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação). A pesquisa inédita foi divulgada em São Paulo no início do ano. O estudo lembra que os benefícios da convergência digital são usufruídos por uma minoria, pois apenas 7,5% da população possui acesso à banda larga. Há também artigos sobre tendências recentes da indústria, dados estatísticos sobre a abrangência do setor no Brasil, nos demais países da América Latina, em Portugal e na Espanha, além de um resgate da memória das associações científicas e acadêmicas brasileiras que tratam dessas questões.

Para acessar a obra, basta clicar nos links abaixo: 

Volume 1: Colaborações para o debate sobre telecomunicações e comunicação

Volume 2: Memória das associações científicas e acadêmicas de comunicação no Brasil

Volume 3: Tendências na comunicação

Jornal alternativo da década de 1970 disponível para download

Estão disponíveis, na internet, todas as edições do Jornal EX-, um dos expoentes da mídia alternativa durante a ditadura militar. Os interessados podem baixar os 16 números do periódico que foram às bancas, além de quatro especiais – dentre eles uma edição inédita, com textos de ex-editores contando toda a história do EX-, com fotos de época e depoimentos de colaboradores. O jornal mensal foi produzido entre 1973 e 1975, e teve vários exemplares recolhidos pela ditadura militar. O último número, “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”, revela o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em outubro de 1975. Esta edição vendeu 50 mil exemplares, e foi a que levou ao encerramento da publicação.

A reunião das publicações é uma iniciativa da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e do Instituto Vladimir Herzog.  Conheça a história do Jornal EX- em http://www.imprensaoficial.com.br/jornalex/

Lançado guia para profissionais de comunicação sobre aborto

Aborto - Guia para profissionais de comunicação é uma obra das Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro, fruto de uma parceria entre Grupo Curumim, Ipas Brasil e Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA).

A publicação foi redigida pela socióloga Angela Freitas com o objetivo de apoiar o trabalho de jornalistas que pretendem tratar o tema do aborto de maneira informativa e qualificada. O texto apresenta um resgate histórico da proibição do aborto, prática que até 1830 não era punida no Brasil e que passa a ter uma legislação específica a partir da instauração do Código Criminal do Império. A publicação reúne, também, as normas técnicas do Ministério da Saúde sobre o tema e fornece dados sobre aborto no Brasil, na América Latina e no mundo. Além disso, apresenta argumentos em favor do direito ao aborto, apontando-o como uma questão de direitos humanos e cidadania.

A publicação está disponível na íntegra na internet. Confira em http://abortoemdebate.com.br/arquivos/Aborto_Guia_comunicacao.pdf.

domingo, 6 de março de 2011

Os dez mandamentos do professor

1- Honra teu salário, para que o teu nome não vá para o Serviço de Proteção ao Crédito.

2- Terás um bom relacionamento com os teus alunos, para que diminuas os teus problemas em sala de aula e não sofras tensão, medo e estresse.

3- Organizarás o teu tempo para que não sofras de esgotamento por acúmulo de trabalho.

4- Buscarás Formação Continuada para que possas desenvolver tua função de Educador com prazer e evitar a exaustão física e emocional.

5- Planejarás tua prática pedagógica em equipe com teus colegas para que, com a troca de experiências, facilite teu trabalho.

6- Desempenharás bem tua função de educador, só assim terás o reconhecimento da sociedade.

7- Ensinarás o teu aluno estimulando sua imaginação, despertando sua sensibilidade e ampliando seus horizontes.

8- Serás Sujeito de Transformação no processo de ensino e verás que o pequeno aluno de hoje, será o grande cidadão de amanhã.

9- Não frustrarás os objetivos da Pedagogia.

10- Honrarás tua conduta, pois ela impressionará teu aluno mais que tuas palavras.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ler para compreender

Vivemos na era em que para nos inserir no mundo profissional devemos portar de boa formação e informação. Nada melhor para obtê-las do que sendo leitor assíduo, quem pratica a leitura está fazendo o mesmo com a consciência, o raciocínio e a visão crítica.

A leitura tem a capacidade de influenciar nosso modo de agir, pensar e falar. Com a sua prática freqüente, tudo isso é expresso de forma clara e objetiva. Pessoas que não possuem esse hábito ficam presas a gestos e formas rudimentares de comunicação.

Isso tudo é comprovado por meio de pesquisas as quais revelam que, na maioria dos casos, pessoas com ativa participação no mundo das palavras possuem um bom acervo léxico e, por isso, entram mais fácil no mercado de trabalho ocupando cargos de diretoria.

Porém, conter um bom vocabulário não torna-se (sic) o único meio de “vencer na vida”. É preciso ler e compreender para poder opinar, criticar e modificar situações.

Diante de tudo isso, sabe-se que o mundo da leitura pode transformar, enriquecer culturalmente e socialmente o ser humano. Não podemos compreender e sermos compreendidos sem sabermos utilizar a comunicação de forma correta e, portanto, torna-se indispensável a intimidade com a leitura.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Jogar fora não existe

Danilo Pretti Di Giorgi

Ouvi recentemente o economista Hugo Penteado, dono de um excelente blog, questionando a idéia de “jogar algo fora”. Ele lembrou como temos o estranho costume de olhar o planeta como uma grande lata de lixo onde podemos descartar tudo. O “fora” na verdade não existe, se considerararmos que estamos todos “dentro” da Terra e que daqui não podemos sair, apesar dos delírios tecnológicos tão apreciados pelos que defendem a manutenção e até mesmo a ampliação dos níveis de produção e consumo atuais. Muito daquilo que produzimos e transformamos a partir dos recursos retirados do planeta vai continuar nos acompanhando na nossa caminhada.

Aquela garrafinha de PET – uma maravilha da engenharia que teria perfeitas condições materiais de continuar sendo reutilizada por muitos anos – não vai “desaparecer” dentro da lata de lixo depois de consumido seu conteúdo. Vai continuar presente, num lixão, testemunhando como nós a passagem do tempo, e por um período de tempo muito mais longo do que a duração de nossa vida.

Para quem consegue compreender a idéia da Terra como “nossa casa”, é apenas uma questão de escala a diferença entre nossos lares e o planeta. Afora a questão do tamanho, não há maiores diferenças. O terreno onde está construída a casa onde moramos é limitado. É a mesma coisa com a nossa casa-planeta, o único lugar conhecido onde nossa espécie tem condições de sobreviver.

Mesmo assim, apenas uma minoria parece estar realmente preocupada com as conseqüências ambientais da sociedade do consumo, que a cada ano produz uma quantidade de lixo maior, sem nenhum tipo de cuidado de larga escala com o seu tratamento. É inacreditável que ainda se discuta a responsabilidade das indústrias sobre os resíduos dos produtos que fabricam. É incrível que se fale tão pouco em redução da produção e do consumo quando sabemos que nossos resíduos não desaparecem simplesmente quando o caminhão do lixo passa pela rua onde moramos. Na realidade o lixo desaparece apenas de nossas vistas.

É desesperador, por exemplo, se dar conta de que a maior parte da população mundial sequer tem conhecimento dos perigos ambientais representados pelo descarte inadequado de pilhas e baterias e que por isso milhares delas continuam se encaminhando diariamente aos lixões. Pior ainda é testemunhar que aqueles que têm acesso a essa informação e que têm sob sua responsabilidade a gestão pública não se dedicam a criar mecanismos sérios e efetivos para impedir que pilhas, baterias e outras fontes de venenos continuem contaminando irreversivelmente a terra e a água. Por que cuidamos tão bem das nossas casas e tão mal do nosso planeta?

É difícil responder a essa pergunta, mas não é preciso ser nenhum gênio para perceber que estamos cegos, de cara na lama. Esse chafurdar, porém, se disfarça bem porque acontece ao mesmo tempo em que estamos envoltos numa aura de “modernidade” (no sentido besta do termo), cada vez com acesso mais facilitado a aparelhos eletrônicos de desenho futurista, cheios de luzinhas que fazem muita gente acreditar que o máximo da sutileza e da capacidade criadora humana está nas linhas arrojadas ou no acabamento interno de um automóvel de “alto padrão” ou numa ampla cobertura localizada em “área nobre” da cidade, montada com o que há de melhor na indústria da decoração de interiores.

Os que não vivem essa realidade, ou seja, quase todos, se alimentam do sonho de um dia vir a vivê-la ou da chance de ter acesso a pelo menos alguns desses ícones do consumo. Transformamos-nos de cidadãos em consumidores. E com isso vamos consumindo o que resta do planeta, como cupins roendo lentamente as estruturas de um castelo que um dia virá abaixo.

Danilo Pretti Di Giorgi é jornalista.

E-mail: digiorgi@gmail.com

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Planos de Aulas gratuitos para download

Você é professor e está precisando planejar algumas aulas? Se sim, confira abaixo uma série de Planos de Aulas para as mais diferentes disciplinas do Ensino Fundamental e Médio indicadas originalmente pelo site UOL Educação.


Ensino fundamental

Artes
Ciências
Espanhol
Geografia
História do Brasil
História geral
Inglês
Matemática
Português

Ensino médio

Biologia
Espanhol
Filosofia
Física
Geografia
História do Brasil
História geral
Inglês
Matemática
Português
Química
Sociologia

BIG BROTHER BRASIL (Luís Fernando Veríssimo)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A  décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente, pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que  recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados.

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo..., visitar os avós..., pescar..., brincar com as crianças..., namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Recanto das Letras

Você gosta de escrever e não sabe como divulgar seu trabalho? O site Recanto das Letras é uma excelente opção. Ele reúne produções de diversos autores. Basta completar um cadastro (gratuito) e o escritor já pode começar a publicar facilmente seus textos no Recanto das Letras. Através da "Escrivaninha", uma área de acesso exclusivo do escritor, é possível editar os textos, o perfil e a foto do autor e responder a comentários recebidos. A página tem espaço para contos, crônicas, resenhas, cordéis, ensaios, poesias, roteiros, sonetos, trovas, acrósticos, artigos e muito mais. Acesse: http://www.recantodasletras.com/.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Terezinha Rêgo: uma vida dedicada à fitoterapia

Anne Santos

Doutora em Botânica pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Fitoterapia pela Universidade de Havana (Cuba), Terezinha Rego é uma das pioneiras na pesquisa de plantas com potencial terapêutico no país, ramo em que atua há quase 50 anos. Seu trabalho é reconhecido internacionalmente, como demonstram os prêmios que recebeu na Espanha, na Inglaterra e na China.

O interesse pelas plantas começou desde cedo. “Aos oito anos, fiquei intrigada ao perfurar um amendoim e notar que a semente liberava um líquido amarelado, que hoje sei tratar-se do óleo essencial. E decidi cultivar amendoins para observar seu ciclo de crescimento”, lembra.

O avô de Terezinha foi outro grande influenciador. “Ele tinha uma grande sensibilidade para os problemas sociais da nossa região. Então, ele pesquisava plantas para ajudar a população da pequena cidade de Cajapió, onde passávamos as férias, e que não dispunha de praticamente nenhum acesso ao sistema de saúde para se tratar. Eu tinha apenas um ano quando ele faleceu, mas cheguei a usar sua balança de plantas em meus estudos”.

Quando teve que escolher uma profissão, ela não pensou duas vezes: Farmácia. O curso foi concluído em 1957 passando a trabalhar, inicialmente, nas invasões e periferias de São Luís. Foi nesse período que nasceu a sua preocupação com as pessoas que vinham do interior acostumadas a tratar doenças com ervas e que na capital não encontravam as mesmas plantas.

Em 1960, ela se afasta desse trabalho e migra para São Paulo afim de fazer seu doutorado em Botânica Geral. Ao retornar, em 1965, a fitoterapeuta recomeçou em uma invasão chamada Padre Xavier e incentivava a comunidade a plantar ervas medicinais. “Quando eu voltei do doutorado, fiz também concurso para professora da UFMA e fui aprovada, passando a me dedicar totalmente à pesquisa”, completa Terezinha.

Botânica apaixonada

A fitoterapeuta pesquisa há mais de 45 anos a flora medicinal maranhense e vem dando ao longo desses anos contribuição inestimável ao estudo das plantas medicinais, inclusive muitas já sendo produzidas em hortas comunitárias para fabricação de medicamentos largamente utilizados na sociedade maranhense, especialmente nas comunidades quilombolas. A vida dedicada à medicina alternativa já rendeu dois livros: Fitogeografia das Plantas Medicinais no Maranhão e 50 Chás Medicinais da Flora do Maranhão.

Terezinha Rêgo é uma profissional com inúmeras homenagens e prêmios nacionais e internacionais, em razão dos seus grandes trabalhos e pesquisas científicas. Entre eles destaca-se a homenagem e reconhecimento que recebeu na Câmara de Comércio Brasil/China pelo envio de três medicamentos produzidos à base de ervas para o combate à pneumonia asiática na China.

Os remédios produzidos pela doutora Terezinha foram o xarope de urucum (Bixa orellana), indicado no tratamento da pneumonia e tuberculose; a tintura de assa-peixe (Vernoinia ruficoma), uma erva originária da Baixada Maranhense, própria para a amenização dos efeitos da asma, bronquite e efisema pulmonar; e a essência de cabacinha (Luffa operculata), empregada em casos de sinusite, renite e adenóide.

Após a eficácia comprovada de medicamentos fitoterápicos maranhenses na época dessa epidemia, a doutora Terezinha Rêgo já foi procurada também por pesquisadores do Sudeste e Sul do país, para que sejam iniciadas pesquisas visando o combate à Influenza A (H1N1), ou gripe suína, como é conhecida.

A pesquisadora ainda colaborou no Acre, município de Xapuri, com cursos para agentes de saúde; na Inglaterra, onde expôs suas experiências no Museu Botânico e já foi incluída até no livro “Quem é quem no mundo”.

Atualmente, a doutora presta atendimento no seu consultório no Campus da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e coordena o Programa de Fitoterapia da mesma universidade. Em São Luís, trabalha para as comunidades da Vila Padre Xavier, São Bernardo, Colégio Liceu Maranhense, Colégio Pequeno Príncipe, Colégio Gonçalves Dias, Casa da Família Rural da Maioba e Pirâmide. O seu trabalho estende-se, também, aos municípios de Alcântara, Cururupu, Cajapió, Governador Nunes Freire, Itapecuru, Lago da Pedra, Presidente Dutra e Timbiras.

A fitoterapeuta contribui, também, para assistência aos portadores de doenças sexualmente transmissíveis. Os portadores de DST’s utilizam 12 medicamentos fitoterápicos preparados pelo Programa e Fitoterapia. “Não é a cura da Aids, mas esses medicamentos, sem dúvida, trazem alívio às doenças invasoras”, concluiu Terezinha.

Mais informações: pelos telefones (98) 3301-8585/3301-8524 (Consultório da Dr. Terezinha Rêgo) e/ou e-mail: t.rego@elo.com.br.

A maioridade penal no Brasil deve ser reduzida?

A proposta de baixar para menos de dezoito anos, a idade que permite a aplicação de penas previstas no Código Penal é um assunto que divide opiniões.O Blog Miscelânea quer saber a sua opinião. Deixe o seu comentário.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ilha Maravilha

Anne Santos

São Luís, velha catita, minha cidade bonita, debruçada sobre o Anil, podem julgar-te mendiga, descurosa rapariga, mas para mim, minha amiga, não há ninguém que consiga conter-me ou impedir que eu diga QUE ÉS A MELHOR DO BRASIL! O fragmento do poema Minha velha São Luís, de Fernando Viano, retrata bem os encantos e mistérios de São Luís.

O traçado de seus azulejos, o ladrilho de suas ruas, a alegria de seus festejos, a magia de seu folclore, a hospitalidade de sua gente fazem da Ilha Maravilha não ser apenas uma cidade. É uma pátria eminentemente histórica e de riquezas imensuráveis.

São Luís, a Upaon-Açu (Ilha Grande) dos Tupinambás, França Equinocial, Cidade do Senhor de La Ravardiere, Atenas Brasileira, Ilha do Amor, Jamaica Brasileira. São Luís, do Bumba-meu-boi, Tambor de crioula, Cacuriá, Reggae, Festa da Juçara. São Luís, dona de beleza singular conferida pelos seus sobradões de azulejos com soleiras de cantaria, beirais de faiança e sacadas de ferro. São Luís, lugar onde o passado se faz presente, conservado nas praças, igrejas, fontes, monumentos. São Luís, berço de lendas, de contos e relatos fantásticos. São Luís, que projeta sua beleza por onde passa é, sem dúvidas, ainda o melhor lugar para vivermos.

A nossa querida São Luís foi fundada em 1612 pelos Franceses, comandados por Daniel de La Touche, com a finalidade de instituir a França Equinocial. Não eram somente os franceses que queriam se instalar na capital. Os holandeses também a invadiram e os portugueses a colonizaram. Com essa diversidade de cultura e de pensamentos nasceu o povo ludovicense.

Mas o charme de São Luís não se deve apenas à beleza e valor do seu patrimônio arquitetônico, riqueza da culinária ou tradição na literatura. É quase impossível não relacionar a imagem de São Luís ao reggae. Nos sobradões, a nossa capital pode até ser Portugal. Mas no ritmo, é Jamaica. Nos clubes, nas ruas e até nas praias a onda gostosa do reggae de radiola contagia a todas as camadas sociais.

Tudo começou quando o magnata Riba Macedo trouxe de Belém do Pará um disco importado e começou a detonar na sua radiola as maiores “pedras de responsa”. Delírio total. Ninguém conseguia ficar parado ao som das “pedradas” vindas daquele verdadeiro paredão de som. O reggae inicialmente reinava nas periferias e tinha por adeptos principais os negros. Hoje, é natural ver um “play” curtindo um reggae no volume máximo do seu “carango”. São Luís ainda conseguiu se caracterizar com um estilo próprio, a mania de dançar agarradinho, que virou marca registrada do regueiro ludovicense.

Definitivamente o reggae aportou em São Luís do Maranhão. Aqui é verdadeiramente a capital do reggae e o melhor lugar para aprender, amar e conviver. JE T’ AIME, São Luís!

Quem matou Aparecida

Sou Gullarmaníaca de carteirinha. Por isso disponibilizo aqui o cordel "Quem matou Aparecida", de Ferreira Gullar, um dos gigantes da nossa literaura. Confira!

Quem matou Aparecida
História de uma favelada que ateou fogo às vestes
(Ferreira Gullar-1962)

Aparecida, esta moça
cuja história vou contar,
não teve glória nem fama
de que se possa falar.
Não teve nome distinto:
criança brincou na lama,
fez-se moça sem ter cama,
nasceu na Praia do Pinto,
morreu no mesmo lugar.

Praia do Pinto é favela
que fica atrás do Leblon.
O povo que mora nela
é tão pobre quanto bom:
cozinha sem ter panela,
namora sem ter janela,
tem por escola a miséria
e a paciência por dom.

No dia que a paciência
do favelado acabar,
que ele ganhar consciência
para se unir e lutar,
seu filho terá comida
e escola para estudar.
Terá água, terá roupa,
terá casa pra morar.
No dia que o favelado
resolver se libertar.

Mas a nossa Aparecida
chegou cedo por demais,
por isso perdeu a vida
que ninguém lhe dará mais.
É sua história esquecida
de poucos meses atrás,
e essa vida perdida
de uma moça sem cartaz
que está aqui pra ser lida
porque nela está contida
a lição que aprenderás.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Quando o sol da cultura está baixo, até os mais ínfimos seres emitem luz

Marcel Proust, grande escritor e exemplo máximo de uma vida dedicada unicamente à leitura e à literatura, disse em seus escritos “cada leitor, quando lê, é um leitor de si mesmo”. O que Proust evidencia nessa frase deixa em aberto uma série de interpretações que podem ser realizadas a partir do hábito entusiástico e não visto como uma obrigação, pela leitura. 

Estar em contato com o universo das palavras e nele encontrar uma atividade prazerosa, ao mesmo tempo que nos leva a absorver todo o conhecimento exterior, também nos conduz a uma busca de tudo que representa algo de nós mesmos nesse conhecimento que chega até nós. Em cada nova leitura, ocorre algo semelhante a uma lapidação de nossos desejos e predileções. 

Os livros constituem um tipo de transporte de conhecimento diferente da televisão por exemplo, onde as informações são transmitidas a todo o momento, e para tal, só precisa de nossa permissão para a passagem de suas imagens através de nosso córtex. O nível de saber que podemos extrair de um livro possui o mesmo limite de nossa vontade de fazê-lo. E, ao contrário das informações “prontas” da televisão, temos a total liberdade de interpretação, o que confere o aperfeiçoamento de nosso senso crítico e o melhoramento de como nos posicionamos diante do mundo. 

O hábito da leitura não possui caráter elitista e nem está associado ao poder aquisitivo. Em qualquer cidade, por menor que seja, há uma biblioteca, basta que tenhamos interesse em desvendar todo o mistério contido nela. Ao ler, nos tornamos mais cultos, mais seguros de nossas convicções, nos expressamos e escrevemos melhor. Medidas públicas devem ser realizadas para garantir essa acessibilidade e assim, seus respectivos países possam brilhar, iluminados pelo sol da cultura.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Delegacia virtual disponibiliza registros de ocorrências online

Furtos ou extravio de documentos, roubos de celulares e mapeamento de foragidos da justiça agora podem ser registrados virtualmente por meio da Delegacia Virtual da Polícia Civil. O serviço, disponível no endereço eletrônico www.delegaciaonline.ma.gov.br, foi implantado no Maranhão com o intuito de facilitar o acesso do cidadão ao serviço público.

Funcionamento
O usuário, após fazer o registro no site, receberá um documento confirmando a validação de sua ocorrência, gerando um boletim de ocorrência eletrônico com número, dados, e ocorrências do cidadão. O solicitante poderá acompanhar a resolução do registro, em casos de furto, diretamente com uma autoridade policial na delegacia de seu respectivo bairro ou num distrito situado no local da infração.

O serviço é gerenciado por atendentes treinados e capacitados para operar o sistema.

Fonte: Blog Oficial do Governo do MA (governoma.blogspot.com)

Pena de Morte: Você é a favor?

A pena de morte é um assunto que vem suscitando grandes polêmicas. Sua validade é discutida em todos os setores da sociedade, envolvendo presidentes, juristas e até o Papa. Essa polêmica já existe há séculos e nunca se chegou a uma unanimidade e talvez nunca se chegue. Muitas pessoas se posicionam contra ou a favor da pena de morte, mas não sabem justificar com exatidão a posição que assumem. O Blog Miscelânea quer saber a sua opinião. Aproveite o espaço para comentários.

Projeto mapeia língua falada no Maranhão

Anne Santos

Movidos pela necessidade de mapear a realidade linguístico-cultural do estado, um grupo de professores e alunos do Departamento de Letras da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), desenvolvem há oito anos o Projeto Atlas Lingüístico do Maranhão (ALIMA). Além de mapear a realidade linguístico-cultural do estado, o projeto tenta resgatar a origem de algumas formas lexicais da linguagem maranhense.

Segundo um dos coordenadores do projeto, o professor pesquisador José de Ribamar Mendes, a equipe de professores pesquisadores, auxiliares de pesquisa e colaboradores do ALIMA documentam a linguagem em diferentes níveis de observação: a pronúncia, a entoação, o vocabulário, os conteúdos semânticos e a organização da frase. “O trabalho avalia mais especificamente o campo da Geolingüística, o uso da língua distribuído no espaço geográfico”, diz.

Mendes explica, também, que essa documentação é feita por meio de gravações em 18 municípios maranhenses (São Luís, Alto Parnaíba, Araioses, Bacabal, Balsas, Barra do Corda, Brejo, Carolina, Carutapera, Caxias, Codó, Imperatriz, Maracaçumé, Pinheiro, Raposa, Santa Luzia, São João dos Patos e
Turiaçu) selecionados em razão de sua situação geográfica, sua história, tipo de povoamento, situação econômica (atual e passada) e demográfica.


“A partir do levantamento se tem a documentação real falada hoje no Maranhão e podemos fazer estudos ao longo de vários anos para inseri-la nas universidades e nas escolas públicas e privadas para que os alunos possam entender as variações existentes na língua e, principalmente, contribuir no entendimento maior do que é a língua portuguesa maranhense hoje”, conclui Mendes.

Publicações - As pesquisas do Projeto ALIMA já renderam as seguintes publicações: “o Português Falado no Maranhão: Estudos preliminares”, “A diversidade do Português Falado no Maranhão” e “Glossário de termos do universo do caranguejo”.

As publicações do ALIMA podem ser adquiridas na sala do Projeto ou nas livrarias Prazer de Ler (CCH/ Campus do Bacanga), Athenas (Rua do Sol e Shopping Monumental) e na Banca de Revistas Fênix (Rodoviária de São Luís, Posto Esso/Ponta D’Areia).

Mais informações sobre o projeto, acesse www.alima.ufma.br ou contate pelos telefones (98) 3301-8343/3301-8322.

 “Maranhês”
Conheça algumas das expressões populares
maranhenses estudadas pelo ALIMA:

Ariri de festa (antiga): arroz de festa, rato de
festa (atual);
Bater a cachimba (antiga): bater as botas (atual);
Cheio de nove horas (antiga): cheio de não me
toque (atual);
Do tempo do ronca (antiga): do arco da velha,
mil novecentos e carne de porco (atual);
Engolir em cheio (antiga): engolir sapo (atual);
Dar um tiro na macaca (antiga): ficou para titia
(atual);
Fala mais que a nega do leite (antiga): fala pelos
cotovelos (atual);
Festa de arromba (antiga): festa irada (atual);
Ficou com cara de Nhô Zé (antiga): ficou com
cara de tocha (atual).
Quando a galinha ciscar para frente (antiga):
nem que a vaca tussa, só no dia de São Nunca
(atual);
Sossegar o facho (antiga): deixar de acesume
(atual);
Só quer ser 31 de fevereiro (antiga): só quer
ser a bala que matou Kennedy (atual).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As 10 ideias sustentáveis mais curiosas

Atualmente, muito se fala a respeito de preservação ao meio ambiente, mas pouco se faz na prática. Confira aqui dez invenções inusitadas que respeitam a Mãe Natureza:

1 – Hotel oferece refeições de graça para quem estiver disposto a gerar eletricidade


O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca, oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade – aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.

2 – Bar capta energia produzida pela dança de seus frequentadores


Todas as luzes e os sons de uma “balada” gastam uma quantia considerável de eletricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.

3 – Bordel oferece desconto aos clientes que forem de bicicleta


Uma casa de diversão adulta encontrou uma maneira de atrair mais frequentadores, espantando a crise econômica, e ainda ajudar a frear as mudanças climáticas globais. Quem chega de bicicleta, ganha desconto. Segundo Thomas Goetz, dono do bordel “Maison D’envie”, a recessão atingiu em cheio os negócios. Consumidores que foram ao bordel pedalando, ou que provarem ter utilizado um meio de transporte público, recebem 5 euros de desconto sobre os tabelados 70 euros (mais de 150 reais) para 45 minutos.

4 – Empresa cria impressora que não usa tinta nem papel


Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova d’água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.

5 – Universidade constroi “telhado verde”


O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

6 – Designer cria pia que utiliza água desperdiçada para regar planta


Feita de concreto polido, a Pia batizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado eu ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.

7 – Designer cria chuveiro que o obriga a sair quando já desperdiçou muita água


O designer Tommaso Colia criou uma solução para aqueles que adoram passar um tempão tomando uma ducha relaxante (é, você mesmo!). O chuveiro Eco Drop possui círculos concêntricos como tapetes no chão, que vão crescendo enquanto o chuveiro está ligado. Após um tempo, a sensação fica tão incômoda que te força a sair do banho e, consequentemente, economizar água. Cerca de 20% de toda energia gasta no lar vem da água quente utilizada no banho – seis vezes mais do que a iluminação doméstica, por exemplo.

8 – Designer cria interruptor que muda de cor para ensinar crianças a economizar energia


Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de sutis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e tátil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.

9 – Empresa cria grampeador sem grampos para evitar poluição


Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele “recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas”. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.

10 – Designer cria carregador de iPhone alimentado por aperto de mão


Eis uma invenção que dará uma mão na economia de energia. Carregue seu iPhone com um aperto de mão! O conceito foi chamado de “You can work it out” – uma brincadeira entre encontrar uma solução (work it out) e exercitar-se (to work out) – e foi pensado por Mac Funamizu.

Do óleo de cozinha ao sabão

Projeto em São Luís ajuda a preservar o meio ambiente através da reciclagem do óleo de cozinha.


Em tempos de poupar o meio ambiente, a palavra de ordem é reciclar. Mas, você sabe como descartar o óleo de cozinha que já não pode mais ser utilizado? Em São Luís, um projeto de reciclagem deste resíduo visa dar uma destinação ambientalmente correta para o óleo de fritura e conscientizar os moradores quanto ao procedimento adequado. A iniciativa é da Prefeitura de São Luís em parceria com a Oleaginosas Maranhenses (Oleama) – empresa do segmento de produtos de limpeza – que recolhe o material coletado e o transforma em sabão.

Segundo a diretora da Oleama, Neide Oliveira, em seis meses, foram mais de 1.000 litros recolhidos. “São quase 10 pontos de coleta na cidade, entre condomínios residenciais, bares, hotéis e lanchonetes. A nossa meta é expandir o projeto para o interior maranhense nos próximos meses, incentivando as comunidades a efetivarem a coleta seletiva do óleo de cozinha”, disse Neide Oliveira.

Neide lembra também que o sucesso desse programa depende inteiramente da participação da comunidade. “O trabalho da Oleama não só impede que o resíduo chegue a um destino indesejado, como o transforma em algo útil: sabão”, completa.

Reciclagem gera benefícios

Diariamente, em milhões de lares brasileiros, o
óleo de fritura é jogado fora pela pia da cozinha. O ato,
muito comum, é aparentemente inofensivo. Mas os
impactos ambientais são de proporções trágicas.
Já parou para pensar para onde vai o óleo de cozinha que joga pelo ralo da pia? Pois ele seguirá para as redes de esgoto, que são despejadas, em sua maioria, em rios e mares, poluindo estes locais com uma película que impede a passagem de oxigênio.

O óleo usado contribui também para o entupimento da rede de esgotos, pois junto com outros detritos, ele cria placas que impedem o escoamento das águas. Além disso, para desentupir os encanamentos, são utilizados produtos altamente tóxicos que acabam prejudicando o meio ambiente.

Para que isso não aconteça, é necessário fazer a reciclagem do óleo de cozinha usado, que gera vários benefícios ambientais. O mais imediato é a preservação dos mananciais e lençóis freáticos utilizados no abastecimento público.

O químico industrial da Oleama, Alyson Pereira, explica que cada litro de óleo despejado no esgoto tem potencial para poluir cerca de um milhão de litros de água. “A impermeabilização da água causada pela camada de óleo mata tudo o que há de vivo dentro dela”.

Alyson diz também que além de causar danos à vida aquática, descartar o óleo inadequadamente na natureza, pode causar enchentes nas áreas urbanas, pois causa a impermeabilização do solo, além disso atrai pragas urbanas e danifica as redes de esgoto. “O descarte incorreto deste resíduo traz muitas conseqüências para o meio ambiente, por isso faz-se necessário reaproveitar este material de forma sustentável, seja na fabricação do sabão ou de qualquer outro produto”, ressalta o químico.

Processo
A cidade de São Luís é a terceira do país a aderir ao processo de coleta seletiva de óleo de cozinha em condomínios. A iniciativa no município começou a ser implementada em dezembro de 2009 nos condomínios da Rua do Aririzal - em função do grande número de condomínios situados naquela via - entre eles o Ferrazi, Madri, Valência II, Bouganville, Vilage das Palmeiras II e D’Italy IV. Em cada um foram instaladas, em local acessível, unidades receptoras com capacidade volumétrica de 25 litros para o recolhimento do óleo doméstico, que é feito semanalmente por equipes da Oleama.

Nos domicílios, foram distribuídos pela empresa mini-depósitos de 500 ml para que o óleo seja armazenado e transportado pelos moradores às unidades receptoras de seus condomínios. O projeto se expandiu. Hoje, restaurantes, bares, hotéis e lanchonetes já possuem também as unidades receptoras.

Transporte
O transporte do material coletado é feito por funcionários da Olema nos locais previamente estabelecidos, para a sede da empresa. Com a chegada do material, inicia-se o processo de transformação do óleo de cozinha usado em sabão, que passa pelas seguintes etapas:

• Decantação do resíduo sólido;
• Neutralização da acidez da gordura reciclável;
• Clarificação que é feita com argilas clarificantes. Esse processo dura cerca de 40 minutos;
• Filtragem para a retirada do resíduo;
• Segue para o laboratório onde é realizada a análise que determina o teor de soda livre, conforme o padrão estabelecido pela ANVISA;
• Fabricação de Sabão em barras;
• E finalmente é aplicado a fragrância. Além do sabão, o óleo de cozinha pode ser utilizado para produzir produtos de beleza, tintas, ração.

Você sabia que…
• Um único litro de óleo contamina centenas de litros de água?
• Ao alcançar a rede coletora de esgotos, o óleo cria uma barreira que impede a passagem de água, causando entupimentos e enchentes?
• Se chegar aos rios, o óleo impede a entrada de luz e a oxigenação na água, prejudicando a vida local?

Confira os pontos de coleta em São Luís
Bom Sabor
Cheiro Verde
Cabana do Sol
Café & Companhia
Condomínios da Rua do Aririzal
Hotéis Abeville, Luzeiros, Pestana e Skina Palace